Secret Window


"Seria enterrada no jardim que ela própria cuidava...". Shoot her!

Janela Secreta, é um filme baseado no livro homônimo escrito por Stephen King em 2004. Dirigido por David Koepp e produzido por Gavin Polone. A trilha sonora é assinada por Philip Glass.

Não é de hoje, que sou fã de Stephen Edwin King, meu escritor preferido, reconhecido como um dos mais notáveis quando o assunto são contos de horror fantástico e ficção.

Os seus livros venderam mais de 350 milhões de cópias. Seus livros foram publicados em mais de 40 países e muitas das suas obras foram adaptadas para o cinema. É o nono autor mais traduzido no mundo .Embora seu talento se destaque na literatura de terror/horror, escreveu algumas obras de qualidade reconhecida fora desse gênero e cuja popularidade aumentou ao serem levadas ao cinema, como nos filmes Carrie a Estranha, O ILUMINADO, Conta Comigo, Um Sonho de Liberdade (contos retirados do livro As Quatro Estações),Christine, Eclipse Total, Lembranças de um Verão e À Espera de um Milagre, entre outros.O seu livro, The Dead Zone, originou a série da FOX com o mesmo nome. O próprio King já escreveu roteiros de episódios para séries, como Arquivo X, em que ele escreveu o roteiro do episódio "Feitiço", da quinta temporada.

Em Janela Secreta, temos a marcante atuação do perfeccionista Depp e grande destaque para a trilha sonora de Philip Glass,  sua música é normalmente chamada de minimalista, embora ele não aprecie esta expressão.Glass compôs trilhas sonoras para diversos filmes, começando por Koyaanisqatsi (1982), dirigido por Godfrey Reggio que está entre as trilhas sonoras mais influentes. Podemos citar também como trabalhos na área de trilha sonora para filmes Mishima (1985), Kundun (1997) sobre o Dalai Lama, a trilha sonora dos demais documentários da trilogia Qatsi em Powaqqatsi (1988) e Naqoyqatsi (2002), além de O Show de Truman: O Show da Vida (1998) que usou partes das trilhas de Mishima e Powaqqatsi e As Horas (2002) o qual recebeu uma indicação para o Óscar. Recentemente produziu a trilha para os filmes O Ilusionista (2006) e Notas Sobre um Escândalo (2006), este último lhe rendendo uma indicação ao Oscar de melhor trilha sonora.

Ele ainda possui um estúdio frequentado por artistas famosos como David Bowie, Lou Reed e Bjork, chamado Looking Glass. É ou não um nome de peso para composição de TSO? rs.

No filme, temos Mort Rainey (Johnny Depp) um escritor bem sucedido de livros comerciais que está em crise, enfrentando um conflito pessoal após o fim de seu casamento e da separação com sua esposa adúltera, Amy (Maria Bello) após tê-la flagrado com Ted (Timothy Hutton). Mort então decide se isolar em uma cabana à beira do lago Tashmore, em busca de tranquilidade. Não conseguindo escrever nada novo, sofrendo um embaraço criativo por causa da sua separação traumática com Amy,  aproveitando o tempo para descansar. Para complicação da circunstância, a aparente tranquilidade da cabana desaparece quando um místico homem, John Shoother (John Turturro), vindo de Mississipi, aparece inesperadamente e começa a atormentá-lo dizendo que Rainey se favoreceu do plágio de um de seus melhores contos que tinha escrito diversos anos antes de 1997, e que exclusivamente o final foi modificado. Diante disso, o curioso homem agora está exigindo uma reparação pública e indenização ou uma prova concreta do contrário num breve período de apenas três dias, pressionando de forma invasiva o escritor e demonstrando também possuir sinais de ser um sujeito mentalmente alterado e ameaçador.

O filme, é um ótimo suspense, sem muitos sustos ou grandes produções. Temos o protagonista em seu momento de isolamento como peça chave, os pensamentos de solidão/auto destruição, a 'possível' esquizofrenia de Tom, um cenário bucólico, uma trilha espetacular e Depp.

O longa segue uma sequência alucinante e nos mostra aos poucos como é sofrível a vida de Mort. Seus momentos perturbadores, arrepiantes e violentos tomam forma, seus pensamentos, sua solidão, suas conversas consigo mesmo, essa reviravolta é impressionante. O final é brilhante e ao mesmo tempo triste para Mort, que finalmente conseguirá seu isolamento social 100% completo, será?.

O clímax, que Stephen King, consegue criar em cada obra é algo de tirar o fôlego, ele consegue em cada livro e adaptação para o cinema, um novo olhar, um ângulo singular que consegue deixar o fã com aquele gosto peculiar pelo medo.Em Secret Window, além de abordar sutilmente o sofrimento da esquizofrenia, ele conseguiu mais uma vez, fazer com que tenhamos uma grande reflexão: afinal, qual será nossa janela secreta? Todos temos, ou não?





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"O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho." (Orson Welles)

 

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