Heathcliff "Heath" Andrew Ledger. Ator australiano que atuou brilhantemente em filmes e na televisão australiana, não fez somente O Coringa em Batman - Cavaleiro das Trevas.
Atuou
em 10 Coisas que Odeio em Você, Irmãos Grimm, Coração de Cavaleiro,
Candy, O Devorador de pecados, Batman-Cavaleiro das Trevas e Mundo
Imaginário de Dr.Parnassus.
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus o qual escolho para teclar.
Este filme consegue unir o passeio "escafândrico" pela mente de Terry Gilliam e o último deleite visual para nós fãs de Ledger.
O Dr. Parnassus (Christopher Plummer) tem o dom de inspirar a imaginação
das pessoas. Dono de uma companhia de teatro itinerante, ele conta com a
ajuda de seu assistente Percy (Verne Troyer) e do mágico Anton (Andrew
Garfield) para oferecer ao público a chance de transcender a realidade e
entrar em um universo sem limites, o qual pode ser alcançado ao
atravessar um espelho mágico. Tony (Heath Ledger) foi encontrado pela
trupe dependurado em uma ponte, à beira da morte. Após ser salvo, ele
passa a integrar a equipe, como forma de escapar de seu passado. Em uma
tentativa de modernizar o show, ele termina por conhecer o novo mundo
oferecido por Parnassus e passa por diversas transformações no decorrer
de sua viagem. Só que esta mágica tem um preço e ele está perto de ser
cobrado ao dr. Parnassus: sua preciosa filha Valentina (Lily Cole).
O mundo de Gilliam é impressionante, colorido, utópico, onírico e delirante.
Neste filme em particular a possível mensagem seria: os vícios seriam a perdição do homem?
Sonhos são capazes de transformar? Acreditar neles é utopia ou busca frenética resultando em uma fuga da realidade?
É minha gente...
Terry Gilliam muitas vezes consegue entrar em nosso ' subconsciente'; abrindo nossa caixa das possíveis experiências passadas.Voltando ao filme. Após a morte de Heath Ledger, a produção de O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus
ficou paralizada durante alguns meses. O filme foi retomado quando
Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell concordaram em integrar o elenco,
assumindo o personagem que seria de Ledger. O roteiro foi então
reescrito e brilhantemente finalizado.
Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell doaram seus cachês ganhos por O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus para Matilda, filha de Heath Ledger, como forma de ajudá - la a ter um um futuro econômico tranquilo.
Em uma entrevista a Comic Con 2009 Terry Gilliam conta como foi a finalização de Dr. Parnassus:
" Bem, Heath Ledger morreu quando cerca de 40-50% do filme estava
feito. O desafio foi reunir energias para acreditar que o filme
poderia ser finalizado sem alguém tão importante para a trama. Mas
eu estava cercado de pessoas que me incentivaram a terminar o
trabalho e fazer isto por ele. Por sorte já tínhamos feito boa
parte das cenas fora do espelho e dentro do espelho o personagem
poderia mudar a face dependendo da situação. Então resolvemos este
problema da mudança de caracterização escalando três atores para o
papel. Os três eram amigos de Heath e queriam fazer isso por ele,
mesmo envolvidos em outros trabalhos e sem tempo para ensaios.
Então embarcamos nesta opção meio às cegas e confiando muito em
nosso trabalho."
Para filmar as fantásticas imagens do filme, você utilizou story boards ou estava tudo em sua cabeça?
"Eu fiz story boards apenas para as cenas com efeitos especiais. O que vemos em live action eu não fiz story board, apenas filmei. Quando trabalhamos com CG é necessário para nos orientar nas filmagens, mas fora isso é frustrante ver que o que decidimos previamente não vai corresponder com a realidade filmada. Como eu tenho receio de tornar a coisa muito mecânica e mesmo no CG eu tento quebrar este aspecto mecânico, eu procuro evitar. Foi um processo importante para ajustarmos o que seria usado de cenas fora do espelho com Heath Ledger e o que seria filmado dentro do espelho com Colin Farrell, Jude Law e Johnny Depp usando CG. Era algo que às vezes a gente recorria nas externas para controlar a situação durante as filmagens, mas éramos flexíveis para utilizá-lo ou não. Sempre consultávamos o elenco para que eles também sugerissem situações. O Johnny foi o primeiro a falar que estava no projeto depois do ocorrido. Eu perguntei se ele podia participar e ele me disse que qualquer coisa que precisasse era só pedir. Foi um pouco difícil porque ele estava envolvido com as filmagens de Inimigos Públicos..."
Essa constante na vida do Diretor Terry Gilliam em trabalhar com devaneios (daydreams) reafirma uma das teorias do Dr. Jung, criador dos
arquétipos e do inconsciente coletivo, que emolduram a psicologia
analítica. Mostra o que o sujeito pode descobrir quando mergulha livre
dentro de si mesmo; e livre principalmente de todas as amarras racionais
/ conscientes. O cinema de Terry Gilliam parece animado e bem disposto à
prática constante desse mesmo “esporte”.Todos os filmes de Terry estruturam suas narrativas em torno da configuração
visual das fantasias mais íntimas dos seus personagens. E todos eles se
debatem nos limites entre a sanidade e a sua perda total.Os cenários concretizam o abstrato das almas demonstrando Gilliam como um total expressionista. Seria a irreverência típica dos surrealistas filtrada em seus trabalhos em Monty Phyton? Para os surrealistas, essa aproximação deveria ser empreendida de modo
inconsciente.
Tal “faísca” que Gilliam adora ter em seus filmes; incendeia o real, aguça nossa percepção cotidiana e
automatizada. Enxergamos o mundo de
maneira mais poética, utópica, ácida e eufórica tal como o fazem maioria dos personagens de Terry Gilliam. Dr. Parnassus parece querer ajudar quem mergulha “dentro”dele ( de
si mesmo) conduzindo seu processo de individualização; Dr. Parnassus parece querer reafirma o papel do velho sábio. Mas ele tem um antagonista. Chamado de o próprio “diabo”, vivido pelo envolvente Tom Waits. Ambos se enfrentam numa disputa por
“almas”, organizada através de sucessivas apostas. Logicamente, o
“diabo” não é o mal; e sim (talvez) a configuração que o personagem ganha no
filme faz dele a expressão de um outro arquétipo,
também fundamental: a sombra ( parcela mais obscura da psique humana)
seja nas formas de um diabo tentador ou de Darth Vader, é o “lado negro
da força” que forma um conjunto dialético com o lado “luminoso”.
Mas, isso é papo para uma mesa de bar ou uma sessão pipoca.
Documentário - Biografia
Ele é o tipico ator que faz sentido chamar de ator nesses dias de muitas celebridades! Ele digere o personagem de tal maneira que depois vc fica sem saber quem é quer...eu gosto dele depois que ele reinventou o Coringa do Batman, lindo...comentei com uma amiga que ele havia mergulhado no personagem e ela respondeu sarcasticamente "Tanto que se afogou". Porra meu velho, vc é dos grandes...tenho q fazer uma homenagem a sua altura qualquer dia deste, pois vc é daquele grupo raro, q poucos percebem.
ResponderExcluirOlla Meu grande amigo RONI,
ExcluirSeus comentários sempre completam o que penso!
Não sei se fazemos parte deste seleto grupo : sensíveis...Creio que sim.
Nós conseguimos 'sentir' nosso eterno Ledger não é?
Sou fã do trabalho dele.
Meu primeiro foi Devorador de Pecados, depois Coração Cavaleiro, 10 coisas que odeio em vc, Candy , Joker e Dr Parnassus.
Ele interpreta com todo corpo, alma e coração.
Ze Barto,
ResponderExcluirBienvenido!
Vou visitar suas leituras!!!
Se puder adicione nosso grupo no FACEBOOK
CINEFILOS, UNI-VOS.
Besos e Volte Sempre tá?!
Ainda não assisti o filme, mas tenho muita vontade de ver, gosto muito das obras do Terry Gilliam, eu o considero o Python mais bem sucedido depois da separação da trupe. Já o Ledger era uma excelente ator, sua morte foi, com o perdão do clichê, uma perda irreparável para a sétima arte. "O Segredo de Brockback Mountain" e "Não Estou Lá" mereciam estar na lista dos filmes dele que você colocou no início do seus texto, a atuação dele nestas obras também são memoráveis!
ResponderExcluirhttp://sublimeirrealidade.blogspot.com/2012/09/habemus-papam.html