A Bela Adormecida




 Desde os primórdios da humanidade, contar histórias é uma atividade privilegiada na transmissão de conhecimentos e valores humanos. Essa atividade tão simples, mas tão fundamental, pode se tornar um rotina banal ou representar um momento de excepcional importância na educação das crianças.Há quem seja contra e quem seja a favor dos contos de fadas. Há quem considere encantadores os mitos e as lendas, como há quem os rejeite como mórbidos e perturbadores, mas atualmente não há mais quem discuta sua importância, sua atuação decisiva na formação e no desenvolvimento do psiquismo humano.
Aqueles que combatem os contos de fadas supõem que a violência das situações que neles se apresentam habitualmente, a personificação do bem e do mal em determinadas personagens, as soluções mágicas para os problemas mais complexos e toda a tensão emocional provocada pela narrativa desses contos vão proporcionar às crianças uma visão muito negativa da realidade, um contato desnecessário com o “lado negro” do homem, talvez até uma mobilização para as pequenas e as grandes maldades que podem ser feitas com outras pessoas. Muitos acreditam que para as crianças mais sensíveis a narrativa dos contos de fadas pode provocar sofrimentos e angústias, que poderão repercutir negativamente na sua vida futura, gerando muitos medos e inseguranças.

A Bela Adormecida é um clássico conto de fadas cuja personagem principal é uma princesa que é enfeitiçada para cair num sono profundo, até que um príncipe encantado a desperte com um beijo resultado de um amor verdadeiro.A versão mais conhecida é a dos Irmãos Grimm, publicada em 1812, na obra Contos de Grimm, sob o título A Bela Adormecida (título original DornröschenEsta é considerada que tem como base tanto na versão Sol, Lua e Talia de Giambatista Basille, extraído de Pentamerone, a primeira versão a ser publicada na data de 1634, como na versão do escritor francês Charles Perrault publicada em 1697, no livro Contos da Mãe Ganso sob o título de A Bela Adormecida no Bosque, que por sua vez também se inspirou no conto de Basile.

Agora, vamos conhecer um pouquinho do lado B deste conto?

 Bela Adormecida: Tália e a Farpa Maldita
Ao mexer em um tear, uma farpa entra sob a unha de Tália, provocando sono imediato(maldição prevista desde sua infância)Desconsolado, o pai abandona a casa, largando a filha adormecida sozinha. Numa caçada, o rei que já era casado, se encanta por Tália e , antes de partir, transa com a moça 'adormecida'! Ela ainda engravida de gêmeos. Um dia ao tentar mamar, um deles chupa o dedo da mãe e retira a farpa, despertando-a.
Um ano após o encontro, o rei volta à floresta, encontra Tália acordada e passa a esticar as caçadas para manter a vida dupla. A esposa desconfia e põe uma espiã na cola do rei.

Bela Adormecida: Banquete de Gente
Um cozinheiro esconde as crianças e abre o jogo com Bela, que a rainha também estava a fim de jantar. Ao ouvir o choro das crianças, a rainha descobre o engodo e resolve cozinhar todo mundo.Furiosa com o filho por assumir Bela como rainha, a ogra ordena ao cozinheiro que faça para ela um almoço com a carne do neto e da neta. O criado, porém, serve carne de carneiro e de cabrito para enganá-la. O caldeirão que vai ferver geral é recheado com sapos, víboras, enguias e cobras. No último instante, o rei aparece e a ogra, amedrontada, se joga de cabeça, sendo devorada pelas feras.Agora, a vilã é a mãe do rei. A sogra de Bela que não tem nome nesta versão é uma ogra, faminta por crianças! Não á toa, o rei não conta nada à megera sobre seus netinhos.

Versão Brasileira
O escritor brasileiro Silvio Romero publicou, em 1885, em Contos Populares do Brasil, a história de um rei que, numa caçada pela floresta, se apaixona pela camponesa Madalena Sinhá. Em seguida, o rei constitui uma segunda família no campo, mas é delatado por um servo da rainha. No final, a amante e a rainha brigam até que Madalena mata a rival, com ajuda do rei. E o servo dedo duro acaba degolado.Nessas versões pesadelo pouco é bobagem!




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"O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho." (Orson Welles)

 

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