O fato de você não acreditar no Diabo, não significa que ele não exista" O Ritual(filme)
"Eu sei que fiz a coisa certa, porque eu vi o sinal de Cristo em suas
mãos. Ela estava tendo estigmas e isso foi um sinal de Deus de que
devemos exorcizar os demônios. Ela morreu para salvar outras almas
perdidas, para acabar com seus pecados." Anna Michel (mãe de Anneliese,
2005)Exorcismo de Emily Rose filme estadunidense de terror, lançado em 2005, baseado em um caso verídico ocorrido em Leiblfing, Alemanha, com Anneliese Michel que
desde seu nascimento em 21 de setembro de 1952, desfrutava de uma vida
normal sendo educada religiosamente desde muito pequena. No entanto, sem
advertência sua vida mudou de uma hora para outra quando em um dia do
ano de 1968 começou a tremer e se deu conta de que não tinha controle
sobre seu próprio corpo. Não conseguiu chamar seus pais, Josef e Anna,
nem a nenhuma de suas três irmãs. Um neurologista da Clínica
Psiquiátrica de Wurzburg, Alemanha, a diagnosticou com o "grande mau" da
epilepsia.
Os
médicos declaram que trataram de casos semelhantes, em que o paciente
tem, ao mesmo tempo, surtos de esquizofrenia, psicose e epilepsia, mas admitem que nem todos os sintomas que a moça tem são previstos.
Após supostos ataques de epilepsia, Emily Rose começa ver imagens diabólicas e ouvir vozes, até na faculdade. Emily estava atormentada com a ideia de estar
possuída, parecia não ter outra explicação às imagens que apareciam. Recusa-se comer e prescrição médica é considerada inútil pelo Padre que acompanhava o "tratamento".
O filme todo se passa no tribunal, depois que padre Moore, convencido do
estado de possessão da jovem, a aconselha a parar de tomar os
medicamentos. Emily morre e o padre Moore é acusado de negligência e homicídio doloso, e levado à corte. No julgamento, ocorre intenso debate entre o promotor público, Ethan
Thomas, e a advogada de defesa, Erin Bruner. O promotor é um metodista
que se auto declara "homem de fé, mas também um homem de fatos"; a
advogada se define como sendo uma agnóstica. Ela, contudo, demonstra certa mudanças de atitude durante o filme.
Cenas no tribunal são intercaladas com reconstituições do que teria
acontecido, de acordo com a visão daquele que está prestando depoimento
no momento. Ao passo que a advogada passa a apostar na validade da
possessão demoníaca como estratégia para inocentar o réu, o promotor
oferece evidências de caráter pessoal (da vítima) e científico para
explicar comportamentos como as línguas que Emily Rose usa para se
comunicar durante o suposto estado de possessão e também o aparecimento
de duas vozes em uma fita que contém a gravação do ritual de exorcismo.
Padre Moore revela uma carta escrita por Emily Rose e entregue a ele.
Na carta, ela afirma ter se encontrado diante de Nossa Senhora, que a
interpela, perguntando se ela deseja partir naquele momento e ir em paz
para os céus, ou se ela quer retornar ao seu corpo possesso e fazer com
que muitas pessoas saibam de seu padecimento e venham a crer na existência de demônios. Emily opta por retornar ao seu corpo. Emily
teria recebido os estigmas (marcas das chagas de Cristo) em suas mãos;
novamente, é oferecida a hipótese de que Emily teria, na verdade,
cortado a si própria com o arame farpado da propriedade, próximo ao
local onde foi encontrada com as chagas.
História Real
"De acordo à evidência forense, ela morreu de fome e os especialistas
demandaram que se os acusados a tivessem forçado a comer uma semana
antes de sua morte, Anneliese poderia ter sido salva. Uma irmã declarou
que Anneliese não queria ir a uma instituição mental porque poderiam
sedá-la e obrigá-la a comer. Os exorcistas trataram de provar a presença
de demônios mostrando as gravações dos estranhos diálogos, quando
demônios discutiam qual deles iria deixar o corpo de Anneliese primeiro.
Um deles, que chamava a si mesmo de Hitler, falava com sotaque
carregado (Hitler era austríaco). O fato é que nenhum dos presentes
durante o exorcismo teve a mínima dúvida da autentica presença destes
demônios.
Os psiquiatras, que foram chamados a testemunhar,
falaram da 'Doctriniarire Induction'. Eles disseram que os padres tinham
dado a Anneliese o conteúdo de suas condutas psicóticas aceitando sua
conduta como uma forma de possessão demoníaca. Também declararam que o
desenvolvimento sexual instável de Anneliese junto a sua diagnosticada
epilepsia tinha influenciado a psicose.O veredicto foi
considerado, por muitos, menos rigoroso do que se esperava, os pais de
Anneliese assim como os exorcistas foram considerados culpados de
assassinato por negligência e de omissão de primeiros socorros. Foram
sentenciados a seis meses de prisão que nunca cumpriram com liberdade
condicional impetrada. O veredicto incluía a opinião da corte de que os
acusados ao invés de propiciar o tratamento médico que a garota
precisava, decidiram por práticas supersticiosas que agravou a já
crítica condição de Anneliese."
O fato é que o filme, deixou muitas questões em aberto e despertou o interesse público pela igreja.
Desenvolverei nossa salvação com temor e tremor. Filipenses 2.12:16
Religião e Transtornos Psiquiátricos
Pesquisadores do Programa de
Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (ProSER) do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP)
foram em busca de respostas. Em sua tese de doutorado, o psiquiatra
Alexander Moreira de Almeida, professor da Universidade Federal de Juiz
de Fora, levou a cabo uma minuciosa pesquisa que investiga a saúde
mental de médiuns espíritas. O propósito era descobrir se havia ou não
alta incidência de distúrbios psiquiátricos entre eles.
Foi realizada uma triagem entre 115 médiuns de centros
espíritas de São Paulo. Aqueles com indicadores de doença mental (12
deles) participaram de uma longa entrevista, que durou cerca de quatro
horas. Eles relataram suas experiências sobrenaturais, seu histórico
psiquiátrico e seu cotidiano. O perfil deles foi então comparado ao
resultado de um segundo grupo, composto por 12 espíritas livres de
sintomas.
A análise mostrou que, mesmo fora das sessões
espíritas, a maioria dos entrevistados sentia que suas ideias e
sentimentos eram controlados por uma força externa (de 60% a 70% do
total); um terço alegou escutar vozes que comentavam suas ações ou
dialogavam entre si. A Psiquiatria chama essas experiências de
psicóticas, que fazem parte do quadro de esquizofrenia e outras
psicoses.
De fato, a metade do grupo tinha uma contagem alta
de sintomas de esquizofrenia. Cada espírita tinha quatro ou mais.
Alguns relatos: "vejo espíritos se aproximando..."; "Surge uma voz na
minha cabeça com sugestões para eu fazer alguma coisa"; "Vem um
pensamento, como se alguém estivesse falando dentro do meu cérebro";
"Sinto algo encostando, como se colocassem a mão em meu ombro"; "Fico
anterior ao corpo, como se estivesse boiando."
Esquizofrenia e outras psicoses
Freud entendia a neurose como o
resultado de um conflito entre o Ego e o Id, ou seja, entre aquilo que o
indivíduo é (ou foi) de fato, com aquilo que ele desejaria
prazerosamente ser (ou ter sido), ao passo que a psicose seria o
desfecho análogo de um distúrbio entre o Ego e o Mundo. De acordo com
Kraepelin, a paranoia é uma entidade clínica caracterizada,
essencialmente, pelo desenvolvimento insidioso de um sistema delirante
duradouro e inabalável mas, apesar desses delírios há uma curiosa
manutenção da clareza e da ordem do pensamento, da vontade e da ação.
Ao contrário dos esquizofrênicos e
doentes cerebrais, em que as ideias delirantes são um tanto desconexas,
nesta Psicose Delirante Crônica as ideias se unem num determinado
contexto lógico para formar um sistema delirante total, rigidamente
estruturado e organizado.
Normalmente o funcionamento social
desses pacientes paranoicos não está prejudicado, apesar da existência
do delírio. A maioria dos pacientes pode parecer normal em seus papéis
interpessoais e ocupacionais. A impressão que se tem é a de uma ilha de
delírio num mar de sanidade, portanto, uma espécie de delírio insular.Já os transtornos esquizofrênicos se
caracterizam, em geral, por distorções características do pensamento, da
percepção e por inadequação dos afetos. Usualmente o paciente com
esquizofrenia mantém clara sua consciência e sua capacidade intelectual.
A esquizofrenia traz ao paciente um prejuízo tão severo que é capaz de
interferir amplamente na capacidade de atender às exigências da vida e
da realidade.O tipo mais comum de esquizofrenia é a
paranoide. Além de delírios de perseguição, o sujeito tem também
delírios de grandeza, ideias além de suas possibilidades. Esses
pensamentos podem vir acompanhados de alucinações, aparição de pessoas
mortas, diabos, deuses, alienígenas e outros elementos sobrenaturais.
Algumas vezes esses pacientes chegam a ter ideias religiosas e/o
políticas, proclamando-se salvadores da Terra ou da raça humana.(FONTE: PSIQWEB)
Sobre experiência, nenhum praticante foi considerado esquizofrênico. Isso
porque o grupo não preenchia outros critérios para diagnóstico, como a
tendência de se afastar das pessoas, a desconfiança exagerada e a
obsessão por certos assuntos.Outro dado: a rotina do grupo era normal - com vida social, trabalho,
estudo, amigos. Além disso, os espíritas tinham controle sobre as visões
(e a capacidade de manter as rédeas da própria vida é fator essencial
para que o médico possa dizer se uma pessoa é esquizofrênica ou não). O
fato de serem sensitivos também não era causa de isolamento; eles até
gozavam de prestígio em seu grupo. O que não vale para o típico
esquizofrênico, que se aliena do mundo. Ou seja,
fatos não deixam espaço para possibilidade.
"Durante décadas, psicanalistas associaram as doenças
mentais a certos comportamentos religiosos, mais precisamente às
possessões mediúnicas. Hoje, após anos de pesquisas, os médicos admitem a
contribuição da religião no tratamento de patologias."
Patt,
ResponderExcluirTenho aflição deste filme e ao mesmo tempo, tristeza pelo o que ela passou.
bjs, Ju
Realmente interessante parte, o filme, mas eu também não pegou 100. Estou no final com medo, mas eu gosto de terror ou suspense histórias e filmes exorcismos. Recentemente, vi The Vatican Tapes não geralmente pensam que é liberado em queda livre bater a cada clichês imagináveis em uma história de horror. De tudo isso, o mais interessante é uma cena em que ela cospe três ovos que representam a Santíssima Trindade. Poderíamos dizer que há material para contar uma história interessante, mas certamente com intenções não é suficiente. "Exorcistas No Vaticano" poderia ter tido melhor destino se o tom geral do filme era crua e cheia de deboche.
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