Julie & Julia


Cozinhar ou você gosta ou não. Particularmente, sou fã da cozinha de Julia Child, Ofélia, minha mãe e do Olivier Anquier. Ler e depois assistir Julie & Julia, foi bacana. Óbvio, que gostei infinitamente mais do livro. Ano de 1948, temos Julia Child (Meryl Streep) uma americana que passou a morar em Paris devido ao trabalho de seu marido, Paul (Stanley Tucci).Em busca de algo para se ocupar, ela se interessou por culinária e passou a apresentar um programa de TV sobre o assunto.Cinquenta anos depois, Julie Powell (Amy Adams) está prestes a completar 30 anos e está frustrada com a vida que leva.Em busca de um objetivo, ela resolve passar um ano cozinhando as 524 receitas do livro de Julia Child, "Mastering the Art of French Cooking".Ao longo deste período Julie escreve para um blog, onde relata suas experiências. O filme foi dirigidipo por Nora Ephron, como roteirista e diretora realizou alguns trabalhos de destaque(os quais sou fã) como: 2009 - Julie & Julia; 2005 - Bewitched, 2000 - Lucky Numbers ,1999 - You've Got Mail ,1996 - Michael ,1993 - Sleepless in Seattle e 1992 - This Is My Life.

O filme é baseado na autobiografia de My Life in France, publicado em 2006 . Foi compilado por Julia Child e Alex Prud'homme , sobrinho neto de seu marido, durante os últimos oito meses de sua vida, e concluído e publicado pela Prud'homme após sua morte, em agosto de 2004. Em suas próprias palavras, é um livro sobre as coisas que Julia mais amava na vida: seu marido e França " muitos prazeres de cozinhar e comer, sua pátria espiritual)uma verdadeira e deliciosa coleção de histórias dos anos 1948 e 1954, contando em detalhes a culinária,  experiências de Julia e seu marido Paul Child e tudo o que gostavam em Paris.O texto é acompanhado por fotografias em preto e branco tiradas por Paul Child, e a pesquisa para o livro foi parcialmente feito usando cartas de família, datebooks, fotografias, desenhos, poemas e cartões. My Life in France fornece uma cronologia detalhada do processo através do qual o nome de Julia Child, rosto e voz tornou-se conhecido para a maioria dos americanos.O livro também contém um índice extremamente detalhada catalogação cada pessoa, lugar, ingrediente, receita, tema e evento discutiu.

No filme temos a belíssima Amy Adams no papel de Julie Powell, que passa por um longo processo de frustrações o que a leva a essa viagem pelo mundo da gastronomia. Muitas vezes, cozinhar é uma terapia(se você quiser exercitar paciência, amor e tentativas) aí teremos uma possível e correta terapia. Para entrar em uma cozinha e sentir sua atmosfera, não basta ter apenas os ingredientes corretos, utensílios funcionais e uma boa matéria prima. É necessário amor, dedicação e estar afim. Cozinhar, não pode ser uma obrigação e encarar como terapia até pode ser, porém, tenho minhas ressalvas. Tem uma passagem do livro e do filme que resume bem: "Eu não estou brincando com você. Alguém vai publicar seu livro. Alguém vai ler seu livro e perceber o que você fez. Porque seu livro é incrível. Seu livro é uma obra de um gênio. Seu livro, vai mudar o mundo."


Cozinhar é uma arte, seguir receitas é fácil, fazer 15 pratos com um único ingrediente, por exemplo: ovo, isso é genialidade. Gosto de Meryl e gostei do filme. Entramos no mundo de Julia e seu comportamento ora pedante ora carisma. Do outro lado, temos os erros e acertos de Julie, sua depressão e tristeza transformados em esperança. Os detalhes das receitas, essa relação entre ingredientes, lugares, pessoas, sentimentos é presente no livro e um 'bocadinho' no filme.  Em Julie & Julia, temos duas personalidades que começam a demonstrar suas frustrações, irritações, obsessões e inseguranças. Julia, quer tudo perfeito e  Julie é insegura. Sobre a 'comilança'? Temos algumas cenas convincentes sobre a culinária francesa. São raros os momentos de alta gastronomia no filme e os pratos não deixam ninguém com aquela vontade absurda de 'lamber a tela'.

No papel de marido da Julia temos Stanley Tucci, o mesmo de Um Olhar do Paraíso e Diabo Veste Prada)  já o marido de Julie é um viciado em pizza(talvez, por morarem próximo) ele é o verdadeiro bonachão, o que nos leva aos coadjuvantes de pouco 'holofote'.

Ainda bem que temos Amy e Meryl. Deixando de lado um dos pontos centrais(seria a gastronomia francesa) temos o lado psicológico que está presente no filme, onde Julie uma secretária de repartição pública, prestes a completar 30 anos,sofre pela pressão de tentar engravidar , frustrada com o rumo da sua vida...Loucamente, decide essa empreitada de 524 receitas em 365 dias.Ela mora em uma quitinete, com uma cozinha pequenina e lá começa sua aventura.

Uma abordagem interessante do filme é a comparação entre preparação dos ingredientes como: perfuração de ossos, remoção de vísceras, extração de miúdos, assassinatos de crustáceos com apatia da vida. Julie, enfrenta um casamento quase falido, um emprego quase desemprego e uma grande possibilidade de sofrer um desajuste em sua sanidade mental. Com certeza, vale uma pipoca simples ou com toque de Chef.



1 comentários:

"O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho." (Orson Welles)

 

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